segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Depressão


A depressão é caracterizada por um conjunto de alterações emocionais, comportamentais e de pensamentos. Não é somente pela presença de um sentimento de tristeza, mas também pode aparecer alguns destes sintomas: perda da capacidade de sentir prazer (anedonia), alteração no sono e apetite, modificação psicomotora (lentidão ou agitação), sentimento de culpa, fadiga ou perda de energia quase todos os dias, alteração na concentração, entre outros. Essas alterações podem tornar-se crônicas e trazer prejuízos em várias áreas da vida de uma pessoa. Na instalação do quadro depressivo leva-se em consideração a influência de fatores psicológicos, genéticos e um desequilíbrio bioquímico nos neurônios atuantes no controle do estado de humor, assim o tratamento medicamentoso, auxiliado por um médico, somado a ajuda psicológica traz consideráveis resultados. O histórico familiar revela uma predisposição a ter esta condição. O transtorno depressivo pode aparecer em uma condição monopolar ou bipolar, neste caso há alternâncias entre estados depressivos e de mania (exaltação). Ainda que não uma característica marcante na vida de uma pessoa, episódios depressivos podem ocorrer ao longo da vida, o importante é que ao se observar uma redução na qualidade de vida o auxílio o quanto antes pode evitar uma cronicidade da situação. No tratamento da depressão, como já mencionado, a interação entre fármacos e psicoterapia traz bons resultados, ainda que apenas a ajuda psicológica, em alguns casos, também se obtenha uma modificação total do quadro. 
No caso da psicoterapia cognitivo-comportamental são utilizadas técnicas que objetivam identificar e modificar as crenças disfuncionais que a pessoa estabelece, isto é, pelo próprio padrão de comportamentos que a pessoa tem ela é inclinada a: acreditar que tudo que há de errado foi por sua culpa, ela faz uma auto-avaliação distorcida; generaliza em demasia, costuma aplicar a experiência em uma situação a todas as outras semelhantes “todos me odeiam”, “tudo dá errado”, “minha vida toda é uma bagunça”; entre outras distorções cognitivas que a pessoa que sofre deste transtorno apresenta. Além disso, estratégias que buscam aumentar as habilidades sociais geralmente são muito benéficas no tratamento deste transtorno. Da mesma forma que em outras condições é importante ressaltar que a pessoa está doente, ter estes sintomas não significa que a pessoa é fraca, preguiçosa ou acomodada e sim que precisa de orientação e tratamento.

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